Reflexões para encontrar e validar seu nicho

ATENÇÃO: Este artigo é parte da lição 2 do curso Psicólogo Empreendedor Express, um processo educativo com foco em apresentar os conceitos do meu trabalho de forma enxuta e objetiva. Se você já está inscrito no curso, é só continuar a leitura e aguardar os próximos e-mails. Se por acaso chegou até aqui de “paraquedas” e quiser se inscrever, é só ir na página de cursos, aqui no psico.club mesmo e se cadastrar.
Muito bem, no podcast desta lição conversamos a respeito do que é um nicho de mercado, vimos alguns exemplos e ponderamos sobre a relevância de se ter ou não um nicho.
Agora, neste artigo que complementa a lição, proponho uma questão ainda mais importante: como é que você escolhe este bendito desse nicho?
Já aviso que não tem um método específico ou uma fórmula matemática. No fim será sempre uma escolha sua (ê Sartre), mas obviamente posso ajudar com perspectivas e ponderações.
Afinal, como escolher um nicho?
Talvez você já tenha um nicho. Ou pensa que tem.
Será que tem mesmo?
A primeira coisa e a mais importante na hora de determinar seu nicho, é pensar em você. Pode parecer uma afirmação egoísta, mas você vai ver que faz todo sentido.
Para escolher um nicho no qual você tenha chance de se destacar, você tem necessariamente que gostar do assunto. De preferência, tem que existir alguma paixão pela coisa.
Uma das razões para isto é que, sem a dose necessária de conexão emocional, você dificilmente se tornará bom o suficiente a ponto de ser valorizado como uma referência.
A energia e a dedicação necessárias para ser realmente competente em alguma área, somente surgem se houver uma verdadeira conexão permeando o trabalho.
E a melhor forma de começar esta descoberta, é indagando a si mesmo e refletindo profundamente sobre as seguintes questões:
1. O que te inspira na vida?
2. O que você quer melhorar na vida das pessoas?
3. Que sonhos você quer ajudar as pessoas a realizar?
4. De quem é a dor que você quer aliviar?
5. De quem são os problemas que você vai resolver?
6. Que tipo de problemas você vai resolver?
7. Há um verdadeiro significado para você fazer isto?
Veja este exemplo:
Tenho uma conhecida que trabalha com reabilitação motora. Ela se especializou na área de neuropsicologia e se focou em tratar pessoas que perderam os movimentos, pelas mais diversas causas possíveis.
Para ela, mais do que um trabalho, este nicho é uma realização, pois existe uma conexão mais profunda do que o mero interesse técnico e financeiro.
Durante a faculdade, ela viu sua avó ficar acamada, em conseqüência de um derrame, e decidiu que iria ajudar pessoas a vencer este tipo de problema. Ela então se especializou e começou a fazer parcerias com hospitais no sentido de receber indicações. A princípio foi complicado, mas quando perceberam a dedicação e a competência que ela havia adquirido na área, as indicações vieram.
Por ser apaixonada pelo que faz, ela desempenha o trabalho de maneira fenomenal, o que faz com que os médicos vejam a evolução dos pacientes e ela fortaleça seu nome na área.
Claro que ela teve que estudar muito e as coisas não aconteceram de repente, mas o fato disso ser uma verdadeira “causa” em sua vida, tornou tudo muito mais fácil. (Ou menos difícil, se você preferir).
Mas vejamos outro caso:
Um conhecido meu, também psicólogo, se especializou em desempenho de carreira e ajuda pessoas a realizarem seus sonhos profissionais. Hoje ele se apresenta ao mercado mais como Coach do que como Psicólogo. Mas usa todo o seu conhecimento de psicólogo para ajudar profissionais a obterem o máximo em suas carreiras.
Observe que, ao contrário de minha amiga, ele nunca viveu nenhuma situação traumática em relação a isto. Mas o assunto sempre o fascinou, sempre fez seus olhos brilharem, e ele sente muito orgulho e satisfação em ver o desenvolvimento de seus clientes.
Hoje ele vive do coaching. Atende alguns clientes de psicoterapia, mas está construindo seu nome mais fortemente entre executivos que querem aumentar os resultados no trabalho.
Este é um exemplo claro de paixão pelo trabalho, que não necessariamente tem a ver com algum trauma ou história de vida marcante.
E para não faltar, agora vejamos o meu próprio exemplo:
Sempre fui um cara meio esquisito na faculdade de psicologia. Inquieto, excessivamente crítico e razoavelmente revoltado com o perfil, digamos “não empreendedor” que via em muitos colegas.
Antes de me graduar, enfiei na cabeça que não ia ser “mais um” psicólogo com problemas financeiros e desesperado com a profissão. Este mote, esta “vontade” acabou me levando a ser um consultor e a trabalhar em multinacionais, mas o que surgiu de mais importante aí foi meu legítimo desejo de mudar a situação da psicologia no país, não exatamente com base no “amor” e sim na revolta que eu tinha em ver a cultura da não divulgação que estavam construindo nos alunos.
Daí nasceu o “Psicólogo Empreendedor” que evoluiu para a Academia do Psicólogo, que hoje tem o psico.club. Foi uma insatisfação com o status-quo que acabou se tornando uma causa para mim. O que eu fiz foi transformar esta causa em um negócio.
Entendeu a pegada da coisa?
Não adianta escolher um nicho pensando apenas nas possibilidades de mercado e no DINHEIRO.
É preciso que venha de dentro.
Não precisa ser uma paixão arrebatadora do outro universo, mas tem que ter algum significado que seja forte e legítimo para você. Inclusive, pode até ser na base da raiva: tem alguma situação que te revolta muito no mundo e você quer mudar?
Enfim, pode ser uma causa que você defende, uma área da psicologia que te intriga e pela qual você quer lutar, um sonho de infância, um problema com o qual você se importa, pode ser quase qualquer coisa, desde que você tenha alguma conexão emocional com a questão.
Seu nicho é um reflexo de quem você é e do que você quer transformar no mundo.
É claro que as possibilidades de mercado devem ser consideradas ao escolher seu nicho – se você decidir que seu nicho é preparar as pessoas psicologicamente para se mudarem para Marte, vai precisar de uns 50 anos pra ter clientes - mas o elemento principal, acredite em mim, é a paixão.
Seu nicho tem que fazer sentido para você e, de alguma forma, te completar.
Por quê?
Porque se você não escolher algo que realmente faça sentido e te complete, além de não conseguir se dedicar a ponto de se tornar uma referência, você também não terá uma das características mais importantes para cativar as pessoas.
Autenticidade
Sabe quando você vê um profissional falando de seu trabalho e fica com a impressão de que falta algo ali?
Muitas vezes falta mesmo. E é autenticidade.
O que vai determinar a diferença entre o sucesso e o fracasso de qualquer profissional neste mercado, pode anotar aí, é a bendita autenticidade.
E autenticidade tem tudo a ver com paixão.
Por exemplo, as pessoas que têm me dado a honra de acompanhar meu trabalho, e inclusive você, que comprou este curso, só fizeram isto porque sentiram que eu realmente tenho alguma conexão com o que faço.
Acredite, se eu quisesse apenas tomar o seu dinheiro, você notaria.
É claro que o simples anúncio do curso pode ter chamado sua atenção. Mas você provavelmente leu a respeito, deve ter conhecido meu site, viu depoimentos e, mesmo que não tenha percebido conscientemente, deve ter construído uma forte sensação de segurança.
Isto só acontece porque, além disso tudo ser um negócio para mim, há legitimidade de interesse.
Genuíno desejo de ajudar a quebrar este paradigma de “não empreender” que atrasa a psicologia como profissão.
E tem outra coisa: sem uma conexão emocional legítima, dificilmente eu teria paciência e dedicação para acumular conhecimento e desenvolver competências para criar meu site, meus textos, vídeos e até mesmo este curso.
Resumo: não adianta fingir ou fazer só pelo dinheiro. As pessoas sabem quem é de mentira e quem é de verdade.
Guarde estas palavras:
Nem toda estratégia e conhecimento do mundo vão te sustentar se as pessoas não sentirem honestidade em seu trabalho. Não há simpatia, carisma ou competência que te joguem pra cima se você não tiver o verdadeiro desejo de ajudar.
Ao pensar em seu nicho, leve isto em conta.
Agora vamos pra parte que você gosta, as tais “dicas práticas”.????
5 Dicas práticas para te ajudar a escolher
AVISO: Nesta lição teremos também um exercício para te ajudar a escolher seu nicho, mas desde já quero te apresentar cinco sugestões - práticas e objetivas - do que fazer para encontrá-lo.
1. Identifique sua missão
Este passo tem a ver com tudo o que falei sobre paixão e autenticidade. Você fez psicologia pra quê? Se você fez só para ganhar dinheiro, este curso não vai te ajudar, por todas as razões que você já leu acima.
Se você fez psicologia pra salvar o mundo ou ajudar as pessoas, a coisa já está melhor. Mas o mundo é muito grande.
Pense bem, de que forma você pode transformar esta sua vontade de salvar o mundo em algo mais específico? Quem você quer ajudar e/ou que tipo de problemas você quer resolver?
Qual sua missão nesta vida?
Sua missão é aquilo que faz seus olhos brilharem. É algo que você provavelmente continuaria fazendo mesmo se ganhasse na loteria. Na verdade, sua missão é boa parte do que dá sentido à sua existência.
Nem todo nicho precisa NECESSARIAMENTE ser uma missão, mas sempre que você faz de sua missão um nicho, as chances de sucesso são muito maiores.
Há gente que não sente que tem missão alguma, e só trabalha porque precisa comer; se este é seu caso, empreender talvez não seja sua praia.
2. Faça uma pesquisa de mercado
Não. Não é pra contratar uma empresa especializada em pesquisa de mercado e gastar rios de dinheiro. Aliás, se quiser você pode, mas não precisa.
Olhe para o mundo aí fora, as pessoas estão cheias de problemas emocionais dos quais querem se livrar. Outras, mesmo sem ter grandes problemas, têm sonhos e desejos que podem se tornar realidade com a ajuda de um profissional especializado no comportamento humano.
Entre no Google, pesquise sobre os problemas e necessidades das pessoas. Veja o que outros psicólogos estão fazendo. Observe as pessoas da sua família; quais as necessidades delas?
Eu escolhi ajudar psicólogos a desenvolverem seus negócios. Conheço uma profissional que escolheu ajudar mães em licença maternidade a lidarem melhor com seus bebês. Também conheço um sujeito, que nem psicólogo é, e está ganhando muito bem ajudando pessoas a perderem o medo de dirigir.
Qual é a dor que você vai aliviar? Qual é o sonho que você vai ajudar a se realizar?
Uma estratégia interessante é observar o mercado de Coaching. Hoje existe coaching pra tudo, e este é um espaço que poderia muito bem estar sendo dominado pelos psicólogos.
3. Converse com pessoas de sua confiança:
Podem ser pessoas de sua família, amigos ou mesmo colegas de profissão. Quando você tiver uma ideia, submeta-a à avaliação destas pessoas. Pergunte o que acham, que pontos positivos e negativos elas enxergam em suas ideias.
Muitas vezes, o olhar do outro pode trazer revelações e ideias inesperadas.
O clique que vai fazer com que você grite “eureca” pode acontecer quando você menos espera, desde que você se proponha a olhar para a realidade com olhos atenciosos.
As pessoas à sua volta muitas vezes são um bom calibrador para avaliar o que você está tentando criar. Embora algumas vezes você tenha que ir justamente na contramão do que elas dizem, como veremos agora.
4. Use sua intuição:
Quando tive a ideia do Psicólogo Empreendedor e fui comentar com alguns amigos, a maioria disse: esqueça isso, psicólogos não ligam para este assunto, não querem saber de empreender.
Eu não dei bola e fui em frente.
Embora esta sugestão pareça contraditória à anterior, você precisa também considerar a possibilidade de estar tendo uma ideia que ninguém mais consegue perceber.
Como sou psicólogo, eu sempre soube dessa imensa defasagem em relação às habilidades de mercado da classe, e tinha uma forte intuição de que o assunto seria bem aceito.
Provavelmente, mesmo se eu fizesse uma pesquisa de mercado, vários psicólogos diriam não se interessar pelo tema. Ainda assim, confiei em meu palpite, em minha intuição, e comecei.
O resultado? Olha você aqui fazendo este curso.
Nem sempre um serviço que vai fazer sucesso é aquele para o qual já existe uma grande demanda. Algumas vezes você pode pensar em algo que ninguém tenha pensado antes, algo que as pessoas nem estavam buscando, e ainda assim ser um tremendo sucesso.
5. Se precisar, contrate um Coach especializado para te ajudar nisso.
Se a coisa realmente apertar e você ficar sem ideias, pode ser o caso de contratar este tipo de profissional. Mas só faça isso em último caso.
Existem hoje coaches muito bem preparados para te ajudar a “clarear” as ideias em sua mente e descobrir que rumo tomar. Apenas escolha com cuidado e peça referências de outros clientes.
Jamais creia apenas em títulos e certificados.
Caso você se sinta paralisado
Para muitas pessoas, a escolha do nicho de mercado não é algo que vem facilmente. Creio que, justamente por saberem que esta escolha pode ser muito importante para definir suas carreiras, as pessoas tendam a ficar desnorteadas e ansiosas.
Se você já tem uma ideia bem clara do seu nicho, ou se já está com um “pezinho” nele, parabéns.
Mas se você ainda não tem clareza sobre isto, e a angústia toma conta de você, tenha calma.
O fato de você não ter certeza ou de não conseguir enxergar exatamente um nicho nesse momento, é totalmente natural. Esta não é uma decisão que se toma de uma hora para outra, e o tempo da descoberta vai variar muito de pessoa para pessoa.
Embora eu tenha oferecido algumas sugestões acima, não existe um método único e certeiro para escolher seu nicho, isso tem que vir de você e de sua observação da realidade à sua volta.
Agora, a pior coisa que você pode fazer durante este processo de descoberta é levar a coisa a sério demais. O motivo é que sua frustração e angústia aumentam na medida em que você passa a ver esta escolha como algo pesado e sofrível.
Então preste muita atenção no que vou dizer agora: faça o que fizer, mantenha o bom humor e encare a situação com leveza.
Se você não consegue visualizar um possível nicho ainda, ou se ele te parece um pouco confuso, não se angustie nem se cobre excessivamente. Isto só vai aumentar ainda mais seu bloqueio.
Assim como em um processo psicoterapêutico, a escolha do seu nicho é algo que emerge de dentro, conforme você começa a refletir e juntar as partes que está analisando. O segredo para uma boa escolha é respirar fundo, deixar as ideias fluírem na cabeça e, principalmente, encarar a situação como uma grande e divertida brincadeira.
O processo tem que ser instigante e prazeroso, e não doloroso e pesado.
A coisa funciona quase como um quebra-cabeça. Você coloca algumas partes, reflete, coloca outras partes, retira, re-ajusta, até que aos poucos a figura vai se desenhando em sua cabeça.
Não pare sua vida e se tranque no quarto até que seu nicho esteja bem claro.
O avanço é gradual.
Em certos dias você vai passar duas horas pensando no assunto. Em outros, vai gastar alguns minutos apenas.
Algumas vezes você vai achar que encontrou, e no outro dia vai levantar pensando que não era uma ideia assim tão boa. Até que, em um dado momento, você vai sentir que encontrou algo em que realmente pode começar a trabalhar.
Resumindo, o processo de escolha de seu nicho pode ser algo imensamente doloroso ou extremamente prazeroso.
Tudo vai depender de como você abordar a situação.
Validando (ou não) o nicho que você escolheu.
Calma. Eu sei, você leu, leu, mas talvez ainda não tenha conseguido escolher seu nicho. Como eu disse, há um exercício para ajudar. (embora no fim seja mesmo uma escolha sua).
Mas agora, por alguns momentos, pra gente finalizar, tente imaginar que você conseguiu escolher um nicho.
Ótimo. Lindo. Mas como você sabe que vai dar certo?
Você não sabe. Você testa.
Ao longo deste curso você vai aprender, em alguns módulos, sobre conceitos e ações que servem para te ajudar a construir reputação em um determinado nicho, mas desde já quero adiantar o seguinte:
Após escolher um nicho, a primeira coisa que você fará é começar a testar se ele é relevante ou não. Mas o teste não é você sair por aí vendendo serviços para o público do seu nicho, o teste é: começar a se comunicar com o possível público.
De que forma? Redes sociais, meu caro Watson.
Por exemplo, quando eu decidi que ia trabalhar com Empreendedorismo para Psicólogos, eu não saí por aí criando palestra, curso ou escrevendo livro. O que eu fiz foi criar uma página no Facebook e começar a oferecer conteúdo para este público, a respeito do tema, no intuito de avaliar se haveria receptividade.
Então, novamente, ao longo do curso você aprenderá mais sobre como fazer esta comunicação e construção de conteúdo, mas imediatamente atente para o seguinte:
1. Assim que escolher, vá para as redes sociais
A pergunta que você deve fazer logo após definir seu nicho é: será que este tema interessa às pessoas?
Só tem um jeito de saber: falando sobre isso para elas. E você vai fazer isso nas redes sociais, ou, para ser mais exato, em uma delas, a princípio.
É isso mesmo, para quem está começando, eu não recomendo já sair criando várias coisas ao mesmo tempo, nem mesmo fazer um website logo de cara, porque no fim das contas você vai acabar com coisa demais para fazer, ficar estressado e desejar que eu morra queimado.
Comece com uma rede. Antigamente eu indicaria o Facebook. Hoje eu indico o Instagram. Nós teremos neste curso uma lição voltada para publicações em redes sociais, mas basicamente é isso aqui:
Suponhamos que você vai trabalhar com o nicho “Timidez e introversão”. Você pode criar um insta chamado “Xô timidez” por exemplo (nomes bem-humorados e lúdicos são sempre mais legais), e começar a postar.
Você não vai postar de cara seus serviços, dizendo que atende tímidos e introvertidos. Não é isso. Você vai postar insights, reflexões, pequenas dicas para o dia a dia, alguma matéria sobre o assunto em que você faz um comentário, falar de situações cotidianas que estas pessoas passam, enfim, você vai educar as pessoas a respeito deste tema.
Se você me segue nas redes sociais, você sabe do que eu estou falando. Ofereça às pessoas o mesmo tipo de reflexão que eu ofereço, obviamente adaptadas para o seu nicho, e observe.
Elas estão curtindo? Está havendo interação? Os seguidores estão aumentando? Alguém apareceu no direct para perguntar algo?
Se sim, bem, tudo indica que há um possível nicho se desenhando aí.
2. Ao escolher seu nicho, não feche outras portas (ainda)
Vamos supor que você já trabalha, tem lá seus poucos pacientes, cada um com demanda diferente, sem nenhum foco, mas estão lá. São poucos, mas já é alguma coisa. Ao escolher seu nicho, o que você faz é imediatamente dispensar os pacientes que não estejam no publico alvo e parar de atender outros, certo?
Você tá louca? Claro que não.
Quando escolhe um nicho, isso significa que você delimitou uma área na qual você vai começar a se projetar, mas você não vai simplesmente fechar as portas para o que já está acontecendo.
Claro que a partir de agora sua preferência e seu foco maior serão no novo público ou demanda, mas enquanto este nicho ainda não é suficiente para preencher seus horários, você continua sim, atendendo a outras pessoas, desde que se sinta preparado para isso.
O processo é gradual. Eu mesmo fiquei quase 2 anos prestando consultoria em RH (Deus me livre e guarde) enquanto meu nicho se estabelecia. Só depois de lançar meu primeiro curso é que eu finalmente parei de fazer outras coisas.
Qual a hora de ficar totalmente como foco em seu nicho?
Quando você sentir que tem demanda o suficiente para sobreviver, e talvez crescer, com ele.
3. Atenção: o nicho pode estar te escolhendo
Tive uma cliente que relatou querer trabalhar com público infantil na questão de processos de aprendizagem. E assim fez. Começou a fazer algumas publicações em redes sociais, palestrou em uma escola, e as coisas começaram a acontecer. Devagar, mas começaram.
Um dia, quando já tinha sua meia dúzia de pacientes e as perspectivas de eram boas, um casal de pais pediu para entrar e conversarem juntos sobre o processo do filho.
Entraram, e o que era para ser uma conversa de 15 minutos acabou se transformando em uma “sessão de psicoterapia” de casal. O casal gostou tanto que pediu pra voltar. E ela gostou tanto de atender o casal, que começou a atender outro, e outro, e quando viu já estava mais interessada em atender casais do que crianças.
Defina seu foco e faça sua escolha, mas mantenha-se aberto e sensível ao ambiente. Talvez seu nicho esteja gritando aí, ao seu lado, e você não está dando ouvidos.
Comentários Finais
Nesta lição 2 do curso Psicólogo Empreendedor Express falamos sobre como identificar e começar a validar um nicho. No podcast eu trouxe reflexões sobre o que são nichos e a pertinência de se trabalhar com esta lógica, e neste artigo busquei apresentar alguns elementos importantes a se considerar quando você vai escolher seu nicho.
Também disse que a primeira coisa para “começar” a validar se o nicho tem potencial é iniciar um processo educativo nas redes sociais. Sobre como fazer este processo, fui bem sucinto, mas veremos mais sobre o tema em outra lição.
Por enquanto, minha sugestão é que se você na questão de avaliar se realmente deseja trabalhar com algum nicho, de fazer uma escolha consciente, e não só com base em dinheiro, e em começar validar seu nicho através de alguma rede social.
Dito isso, volta lá no seu e-mail que o exercício está te esperando. (Ah, e deixe aqui seu comentário, me contando o que você achou) ????
Um abraço,
Bruno Soalheiro.

Bruno Soalheiro
@BrunoSoalheiro
Bruno Soalheiro é graduado em psicologia, pós graduando (MBA) em inteligência Competitiva e Inovação e Marketing, e autor do livro “Psicólogo Empreendedor, tudo o que você não aprendeu na faculdade”, usado como referência em cursos de psicologia no Brasil. Gamer, fã de heavy metal e apaixonado por animais, atualmente mora em Belo Horizonte com seu cachorro Banzé e os gatos Oliver, Maia e Nino. Nas horas vagas implica com as pessoas e se questionas sobre as origens do universo.
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